Vale a pensa ler e relembrar a importância da partilha das tarefas domésticas desde pequenino:
“(…) é aconselhável que as crianças sejam incentivadas a participar nas tarefas domésticas desde muito cedo, porque assim aprendem a assumir responsabilidades, a ganhar autonomia, a desempenhar um papel produtivo na vida da família e a desenvolver a capacidade para tomar decisões, para gerir o tempo e para cooperar, que vai estabelecer a sua auto-estima, bem como criar alicerces para assumir responsabilidades perante a comunidade em geral. Os pais devem escolher as tarefas apropriadas à idade e ao nível de maturidade dos filhos (…). De início as tarefas podem ser simples, como arrumar os brinquedos, dobrar as roupas e manter o quarto arrumado. Gradualmente outras tarefas domésticas rotineiras podem ser introduzidas: pôr e levantar a mesa, esvaziar o caixote de lixo (separar o lixo e reciclar), arrumar a cozinha.
Quando há mais do que um irmão, há que dividir as tarefas (…).
(…) plano aceite por todos deve ser amplamente participado através de uma discussão prévia e escrito na forma de calendário das obrigações de cada um, claramente descrito (por palavras, desenhos, horários) de maneira a que todos percebam.
Este plano pode ser um excelente amigo, uma divisão clara de responsabilidades sem margem para discussões. (…)
A eficácia de um regime deste tipo implica que se seja consciente e firme e que isso seja claro para todos. (…) Os pais devem resistir à tentação de fazer as coisas pelos filhos (requer muita paciência) mas o resultado vale a pena.”
Eva Delgado-Martins, Psicóloga.
Notícias Magazine 28.Agosto.2011